Oposição aponta “mentiras” no projeto Travessia e questiona falta de Transparência

A oposição em Madre de Deus apontou falhas no projeto social Travessia e classificou boa parte do que foi dito pelo governo do prefeito Dailton Filho (PSB) como “mentiras”, além de questionar a falta de transparência em explicar como o projeto seguirá em 2022.

Entre os desafetos políticos, a informação é que o projeto não cumpriu com dispositivos legais e o alcaide não cumpriu com a palavra quando anunciou na campanha que o projeto seria para todos os cidadãos.

Os adversários destacam que Dailton soltou a promessa com objetivos eleitoreiros e utilizou da necessidade do povo para vencer a eleição.

Eles alegam que o chefe do Executivo prometeu em vídeo que o projeto começaria no primeiro dia de governo, no entanto, a lei só foi sancionada 98 dias depois e houve falta de informação desde então.

Os críticos mais duros reclamam que o prefeito ainda não assumiu a cadeira e tenta gerir a cidade de forma virtual. Segundo eles, Dailton tem agido como os apresentadores de programas de auditórios da década de 80 que aumentavam o ibope explorando a necessidade da população.

Opositores relatam que o prefeito divulgou que o programa contemplaria mil beneficiários, no primeiro mês de pagamento. Contudo, foram contempladas 803 pessoas, na tentativa frustrada de minimizar o governo apontando como um dos piores da história política da cidade.

Dailton chegou a afirmar durante entrevista ao radialista Jutan Araujo que faria mais em um ano do que o ex-prefeito Jeferosn Andrade (PP), afastado do cargo por suspeita de improbidade administrativa.

O projeto de lei do Travessia destaca que o auxílio financeiro de R$ 300,00 duraria 9 meses, mas até dia 31 de dezembro de 2021, boa parte dos contemplados receberam apenas 5 parcelas. Outros beneficiários que foram contemplados mais tarde receberam menos.

Opositores apontam ainda que o governo mentiu ao encaminhar a lei que destinou para o programa somente R$ 2,1 milhões quando deveria ser destinado um total de R$ 2,7 milhões já que a prefeitura antecipava que mil pessoas seriam beneficiadas por nove meses.

O montante empenhado é inferior a R$ 2,1 milhões só atende até dezembro. A oposição aponta a ação como uma clara tentativa de enganar a população.

Ainda de acordo com desafetos políticos, o decreto municipal nº 137/2021 de 23 de novembro de 2021, estabeleceu procedimentos para o encerramento do exercício financeiro deste ano, que proíbe desde 30 de novembro à emissão de empenhos bem como reforço ou sub-empenho. Eles destacam que por causa disso o prefeito Dailton não pagará as três parcelas faltosas para completar as nove parcelas dentro do exercício financeiro de 2021.

Segundo o líder da oposição na Câmara de Vereadores, Adailton do Suape (PCdoB) existiram pessoas que receberam apenas três parcelas e implica em um número maior de pagamentos que não foram realizados.

“Naquele processo de seleção que foram verificando os nomes, que foram caindo da lista porque estava fora de critérios por vários aspectos”, diz, completando que faltou isenção por parte da prefeitura.

O parlamentar conta que ele e o vereador Marden Lessa (PSB) fazem parte da comissão, diante disso, cobraram a secretária de desenvolvimento social, Rose de Jesus, que todos os beneficiários fossem investigados para tentar evitar que pessoas que não precisam fossem contempladas.

Ele relata que cerca de 196 pessoas foram retiradas do projeto por não atender aos critérios. Segundo ele, o governo foi refazendo a lista sem fechar o número de mil beneficiários. Ele acredita que não faltam apenas 3 parcelas para todos, e aponta que os que entraram por último tem mais pagamentos para receber.

Adailton informa ainda que circulou nos bastidores que o governo pretendia pagar as parcelas acumuladas para completar os nove meses para fechar o exercício de 2021 como determinava a lei, mas isso não aconteceu.
O vereador lembra que o prefeito solicitou um remanejamento do dinheiro devolvido ao governo referente a marca Madre Verão. Ele explica que complementou o valor do projeto.

Os opositores apontam que se o governo informar que vai pagar as parcelas que faltam no próximo ano terá que encaminhar uma nova lei para Câmara.

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