A bancada de oposição da Câmara Municipal de Madre de Deus havia declarado na segunda-feira (5) que durante a sessão iriam apresentar um pedido de afastamento do prefeito Jeferson Andrade (DEM), justificando que o gestor e outros quatro servidores respondem a um processo que supostamente ocorreu na Câmara em 2011.
O vereador Kikito Tourinho (PPS) antecipou a informação ao Bahia Manchetes, destacando que o pedido era um “clamor do povo”.
“Peço que a comunidade para que amanhã [terça-feira] se faça presente pra que a gente possa realmente ver quem está do lado do povo. Porque é uma decisão certa, ou tá com o povo ou contra o povo! E o povo quer o afastamento de Jeferson, como está não pode ficar a cidade abandonada faltando tudo”, disse Kikito ao site.
Na manhã de terça-feira (6), o bloco parlamentar comentou na sessão sem quórum, que iriam pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos com a Creche Frei Godofredo.
Eles afirmam que mudaram o discurso após receber orientação jurídica. Em tom conciliatório, um dos vereadores de oposição afirmou no plenário que “simplesmente” iriam apresentar um requerimento solicitando a abertura de uma CPI.
A oposição não mencionou na tribuna porque desistiu do pedido de afastamento.
Com discurso ponderado, o Kikito pediu desculpas ao público presente e disse que os três vereadores estavam fazendo a parte deles: “Convocamos mais uma vez, vocês pra semana que vem”. Mas o vereador não comentou sobre o recuo.
“Continuamos na luta, a batalha é difícil, mas vamos perseverar”, disse o vereador antes de convocar os moradores para participar da próxima sessão.
A bancada governista obstruiu a sessão, no entanto, o pequeno público presente reclamou tanto da base aliada, quanto da oposição.
“Já acabou foi? Oxente!”, disse um dos trabalhadores desempregados que foi assistir à sessão.
Outros reclamaram do lado de fora e classificaram a sessão como “perda de tempo”.
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