O presidente da Câmara de Madre de Deus, Marden Lessa (PC do B) mudou o discurso feito na semana passada no qual acusava os vereadores da base e oposição de “boicotar” o concurso público e questionou se os vereadores usavam o ‘combustível no carro da câmara’. Após receber diversas críticas do vereador Val Peças (PSL) que reclamou do valor de R$ 70 mil gasto pelo presidente no carro utilizado para fins pessoais e apontar que caso queira curtir, deve fazer com o próprio bolso.
O presidente que vai deixar o comando da Casa em dezembro, não tocou no assunto nesta terça-feira (20) e explicou que iria pagar aos assessores depois que a comunicação interna de que a câmara iria suspender alguns pagamentos vazou.
Ele acredita que está sofrendo represálias por conta de tirar algumas regalias na Casa.
“Porque os carros tem que dormir na Casa toda sexta-feira, porque nos cortamos determinadas situações que eram costumeiras aqui na Casa e que eu não quero abrir para comunidade porque vai ficar feio”, disse.
— Apesar de afirmar que os carros dormem na Casa as sextas, ele não especificou se o carro que ele utiliza, cumpre as mesmas regras.
Ao adotar um discurso “vitimista”, o presidente apontou que foi ameaçado de morte, mas não disse quem o teria ameaçado, nem se existe registro policial sobre o caso.
O presidente mudou de humor em relação aos colegas e usou um tom conciliatório com os vereadores. Depois de afirmar que iria jogar na conta dos parlamentares o fato de não aprovar o concurso público e escancarar que voltaria a divulgar para imprensa o nome dos oito vereadores que pediram aumento da verba de gabinete. Ele redefiniu a oratória apontando que ‘não quer jogar a comunidade contra a Casa’, ao justificar que iria “ficar feio”. Ele disse ainda que está sendo atacado, em seguida, adotou parte do discurso de Val ao afirmar que está cuidando do dinheiro do povo.
“Minha gestão é transparente, foi à primeira gestão que fez pregão. Você sabe o que é isso? É diminuir preço do dinheiro de vocês que estou tomando conta neste período, mas o dinheiro é do povo”, afirmou.
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