A violência em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), não dá trégua e a população da cidade está aterrorizada com a sequencia de crimes. Aos mais velhos, ainda resta guardada na memória, como as pessoas se sentiam seguras, em casa, no final da década de 1970 e até a metade da década de 1990; mas isso está, de fato, no passado muito distante.
Os crimes mais recentes aconteceram nas última 36 horas. Foi o ex-assessor parlamentar Jadson Lubarino, a gestante Dhennyfer Nocato Soares Secundo, e o comerciante Juvenal Lima Oliveira. Todos vítimas da criminalidade.
Diante disso, a população está a apavorada. Moradores passaram a ser refém do medo.
Mesmo Simões Filho figurando entre as cidades mais violentas do Brasil desde 2010, a cidade parece está esquecida pelo Governo do Estado da Bahia. No momento em que o povo simõesfilhense está assustado, aterrorizado com tanta violência, com tanta sangria, com tanta insegurança, o seu maior líder, o seu representante maior parece está ausente, distante.
Por sinal, ao longo dos últimos anos pouco foi destinado para o município. O Estado assiste à escalada da violência em Simões Filho, ao mesmo tempo em que se tornam cada vez mais corriqueiros os crimes com motivações pessoais ou sem sentido.
A cada dia os fatos que se apresentam, nos remetem a impressão de que a Polícia Militar está sozinha na tarefa de combater a criminalidade – São apenas 138 homens para proteger uma cidade de 140 mil habitantes. A cada novo noticiário percebemos que outras instituições não dão o apoio necessário a polícia. É notável que a polícia está enxugando gelo. A Polícia precisa das outras instituições que compõem o conceito de segurança pública. Simões Filho precisa da presença do Estado em todos os aspectos, o mais rápido possível.
Vale destacar que a atual gestão municipal também tem responsabilidades e deve ser cobrada por elas.
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Por que os governantes permanecem anestesiados e não reagem? O que a sociedade civil pode fazer para mudar este quadro em Simões Filho?
De acordo com dados divulgados no site da Secretaria de Segurança Publica – SSP-BA, o mês de fevereiro de 2018 está sendo um do mais violentos dos últimos cinco anos. Veja números abaixo.
Homicídio – 2014
Fevereiro: 11 casos
Homicídio – 2015
Fevereiro: 6 casos
Homicídio – 2016
Fevereiro: 8 casos
Homicídio – 2017
Fevereiro: 11 casos
Homicídio – 2018
Fevereiro: 15 casos
SSP-BA diz que crimes estão diminuindo
Na última semana, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) afirmou, por meio de nota enviada ao SIMÕES FILHO ONLINE, que “o trabalho integrado entre as unidades das polícias Militar e Civil, no município de Simões Filho, é realizado com foco no combate ao tráfico de drogas, causa principal de aproximadamente 80% das mortes violentas também no município”, diz a nota.
Ainda na nota, a SSP esclarece que “de 1 de janeiro a 15 de fevereiro deste ano, 12 ocorrências de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) foram registradas, número 50% menor do que no mesmo período de 2017, quando aconteceram 24”.
A pasta informou ainda que “o trabalho das forças de segurança resultou na captura de 22 criminosos, apreensão de 18 armas e recuperação de 15 veículos roubados e furtados”.
A secretaria destacou, também, que “sobre as últimas ocorrências registradas, as unidades policiais responsáveis pela área já iniciaram o processo de identificação dos responsáveis, que logo devem ser apresentados à sociedade”, conclui a nota.
Entre as mais violentas do Brasil
Enquanto isso, Simões Filho figura entre as cidades mais violentas do Brasil há anos. De acordo com o Mapa de violência, a cidade ficou em primeiro lugar no Ranking em 2011, 2012 e 2013. Em 2014, o município saiu da liderança e caiu para 3ª colocação. Já em 2015, a cidade voltou a assumir o primeiro lugar. Na última edição do estudo, divulgado em 2017, Simões Filho deixou, novamente, o primeiro lugar e figura na 8ª posição, mas continua entre as 10 cidades mais violentas do Brasil. Do: Simões Filho Online
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