Advogados de réus da Operação Faroeste foram alvo de três mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (14), em Salvador. Eles são suspeitos de envolvimento em em negociações de decisões judiciais de um desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Os nomes dos advogados não foram revelados. Segundo a Polícia Federal, foi determinado o bloqueio de, aproximadamente, R$ 37 milhões em bens e valores dos investigados, por causa das suspeitas de origem ilícita. A Justiça também suspendeu o recolhimento de R$ 7 milhões, vinculados aos processos em que foram proferidas as decisões investigadas.
A Operação Faroeste apura um esquema de venda de decisões judiciais para a grilagem de terras no oeste da Bahia. Ela foi iniciada no final de 2019, com a prisão de quatro advogados, o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e o afastamento dos seis magistrados – entre eles o presidente do TJ-BA à época. Desde então, várias prisões e movimentações no caso ocorreram.
As investigações da Polícia Federal apontam a existência de um esquema de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores da Bahia, com a participação de membros de outros poderes, que operavam a blindagem institucional da fraude. O esquema supostamente consistia na legalização de terras griladas no oeste do estado. Tudo teria sido feito com laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente.
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