A advogada da Câmara de Madre de Deus, Janete Kotula disse durante entrevista à rádio Madre FM que a Câmara de Vereadores discute pouquíssimos projetos de interesse da comunidade e que o Legislativo se transformou no “palco de comício político”. Segundo ela, no Legislativo se fala o tempo todo sobre as eleições e quais candidatos são melhores para o município.
Ela também afirma que os vereadores disseram que a denúncia é falsa porque mudaram de lado.
“Eu não tenho lado político”, disse Janete.
O ex-vereador Jibson Coutinho, que atualmente, apresenta um programa na rádio, usou os microfones para criticar a postura dos parlamentares. Ele reforçou as declarações da advogada e afirmou que a Casa de Leis em outros momentos “fizeram debates” e “papeis, muito mais coerentes” em relação ao trabalho para comunidade.
Jibson disse ainda que Câmara “peca muito quando não demonstra interesse, e deixa claro, a falta de capacidade de fazer um trabalho parlamentar em prol da população”.
Na gestão do então prefeito Jeferson Andrade, o ex-secretário de esportes, Jibson Coutinho, chegou a ser afastado do cargo por supostamente assinar um documento que teria sido registrado em cartório dividindo os recursos do Legislativo.
O termo de acordo ficou conhecido no município como “acordão da Câmara” e segue a disposição da justiça.
A advogada Janete que é funcionária concursada, foi apontada como responsável pela petição apresentada no Ministério Público da Bahia (MP-BA) para manter o afastamento do prefeito Jeferson Andrade (PP).
Três vereadores afirmam que não assinaram o documento, e o Legislativo se manifestou apontando indícios de que o documento é falso.
O responsável pela assessoria jurídica na Câmara, o advogado Thiago Nagy classificou a falsificação como “grosseira” e cita que não existe rubricas na petição, e que, o documento não chegou a ser impresso.
“Houve evidente montagem”, escreveu o advogado em trecho da manifestação do Legislativo. Ele ressalta que ao verificar a autenticidade das certidões percebeu que os pedidos foram feitos pelo secretário de desenvolvimento social, Robemácio Cerqueira e Janete Kotula advogada servidora da Câmara.
No texto, ele destaca que tanto o secretário quanto a advogada serão prejudicados caso o prefeito Jeferson Andrade volte ao cargo.
De acordo com a manifestação, Robemácio vai perder o salário de R$ 14,2 mil e o filho de Janete ficará sem o vencimento de R$ 5,1 mil.
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