Um policial militar atirou em dois homens, na madrugada do último domingo (01) no bairro Alto de Ondina, em Salvador. A Polícia Civil entrou com um pedido de prisão preventiva contra o suspeito, mas a Justiça negou.
O PM alegou legítima defesa, dizendo que teria sido vítima de um assalto realizado pelos baleados. Porém, o advogado de Gabriel Santos Costa, de 17 anos, um dos homens atingidos pelos disparos e que morreu no local, Dielson Monteiro, negou essa versão durante a entrevista coletiva na sede do DHPP nesta terça-feira (03), na qual trouxe mais detalhes do caso.
“Se trata de um crime bárbaro, truculência, onde existe um policial que tem toda a técnica para a utilização de uma arma de fogo e naquele momento ele escolhe. O importante é ressaltar que ele escolhe, ele escorre a atirar, ele escorre matar, pois todos os meninos estavam rendidos ao solo”, disse.
O outro rapaz baleado, Aziel Martins, de 19, ficou ferido e está em estado grave no Hospital Geral do Estado. Mesmo com a negativa da Justiça, a defesa das vítimas acredita ainda na prisão preventiva do policial efetivo da 41º Companhia Independente da Polícia Militar (Federação).
“A gente acredita sim que vai vir uma prisão preventiva para ele, porque existe, tem todos os indícios de autoria e de materialidade, então a defesa vai prezar sempre pela prisão, pela Justiça. Não há dúvidas que é uma execução, não há dúvidas que é uma execução, para a defesa não há dúvidas”; afirmou o advogado.
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