O mês de novembro é dedicado, no calendário anual, como o mês de conscientização e prevenção ao câncer de próstata, a segunda doença que mais mata os homens brasileiros. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, anualmente são aproximadamente 72 mil novos casos todos os anos e em média 16 mil pessoas morrem devido à doença.
“A campanha do Novembro Azul é fundamental para conscientizar os homens sobre a saúde masculina, especialmente sobre o câncer de próstata. Ela incentiva a prevenção, o diagnóstico precoce e a quebra de tabus sobre exames médicos. O câncer de próstata é um dos mais comuns entre homens, mas com diagnóstico precoce as chances de tratamento e cura são muito maiores. Durante o Novembro Azul, clínicas e profissionais de saúde destacam a importância de homens cuidarem de sua saúde, incentivando a realização de exames regulares, que podem salvar vidas”, explicou o médico urologista do Itaigara Memorial, Dr. João Estrela.
Geralmente, o câncer de próstata é diagnosticado através do exame com o antígeno prostático específico (PSA) e, ou, através do exame de toque retal. “O PSA mede a quantidade de uma proteína específica no sangue, que pode estar elevada em casos de câncer de próstata ou outras condições da próstata. O exame de toque retal permite que o médico sinta possíveis alterações na próstata, como nodulações ou regiões endurecidas. Se algum dos exames indicar suspeita de câncer, o próximo passo é uma biópsia, na qual se retiram pequenas amostras da próstata para serem analisadas em laboratório”, disse o Dr. João.
A próstata é uma glândula pertencente a sistema reprodutor masculino e fica localizada embaixo da bexiga urinária e na frente do reto. O tamanho dela varia de acordo com a idade: em homens mais jovens o tamanho de uma noz e em homens mais velhos pode ser maior, causando problemas urinários. ” A próstata é responsável por produzir um fluido que ajuda a nutrir e proteger os espermatozoides, sendo essencial para a fertilidade”, complementou o médico.
Quando questionado dos sintomas, o médico afirmou que geralmente no estágio inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas. “Porém, quando a doença avança, alguns sintomas podem surgir, como dificuldade para urinar, sensação de que a bexiga não esvaziou totalmente, dor ao urinar ou ejacular, e presença de sangue na urina ou sêmen. Esses sintomas não significam necessariamente que a pessoa está com câncer, mas são um alerta para procurar um urologista para exames mais detalhados.”, alertou.
Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de um homem desenvolver o câncer de próstata. Homens acima de 50 anos estão mais propícios a desenvolver a doença, ter parentes com câncer de próstata, como pai ou irmãos. Além disso, homens negros têm maior risco do desenvolvimento da doença e uma dieta com muita gordura e poucas frutas e verduras podem aumentar o risco. “Esses fatores de risco não causam o câncer diretamente, mas aumentam a probabilidade de a doença se desenvolver’, explanou o urologista.
O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com o estágio em que a doença se encontra e de que forma o paciente se encontra. “Quando detectado cedo, o tratamento pode incluir cirurgia para remover a próstata ou radioterapia para destruir as células cancerígenas. Em casos de câncer mais avançado, opções como terapia hormonal e quimioterapia podem ser indicadas. O acompanhamento com um urologista permite escolher o tratamento mais adequado para cada caso”, disse DR. João.
Como já mencionado pelo Dr. João Estrela, uma dieta rica em verduras, legumes, frutas, grãos e cereais, contribui para a prevenção da doença. Além disso, outros hábitos saudáveis como a realização de atividade física, evitar o consumo de álcool, não fumar, etc. O médico também alerta para a necessidade dos exames de rotina. “A partir dos 50 anos, ou aos 45 para quem tem histórico familiar ou é de raça negra, fazer exames de PSA e toque retal com regularidade é a melhor forma de detectar o câncer em fases iniciais”, disse.
“A prevenção se baseia em um estilo de vida saudável e em consultas regulares com o urologista, o que aumenta as chances de detectar a doença no início e, consequentemente, de tratá-la com sucesso”, complementou o urologista.
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