Ataques a ônibus em Salvador em 2024 geram prejuízo de R$ 9 milhões

De abril a outubro deste ano, nove ônibus foram incendiados em Salvador, com um prejuízo estimado de R$ 9 milhões. Do total, foram oito ônibus que fazem o itinerário regular na capital, ligados à Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob), que custaram R$ 6,8 milhões, uma vez que cada veículo, de acordo com a pasta, custa R$ 850 mil. Além deles, um ônibus 100% elétrico, do Governo do Estado, no valor de R$ 2,2 milhões, também foi alvo de ataque na avenida Suburbana, no mês de junho, de acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra).

Quando os ônibus são atacados, conforme a Semob, além haver uma redução temporária da frota de veículos que circulam na cidade, há também um impacto na vida dos motoristas e cobradores das linhas afetadas, que podem acabar desempregados.

Neste tipo de situação, eles podem ser realocados para outras linhas, ficar como reserva ou mesmo podem ser desligados da empresa, de acordo com a assessoria do órgão.

Dois desses nove ônibus queimados foram vandalizados nos últimos dois dias: um deles na segunda-feira (14/10), no Bairro da Paz (linha Est. Mussurunga x Cajazeiras 8), e outro na quarta (16), no IAPI (linha IAPI X Estação BRT Hiper).

Ainda na quinta-feira (17), devido aos atos de violência, o serviço de transporte público está interrompido nesses dois bairros. No Bairro da Paz, os veículos das linhas 1057 – Est. Mussurunga x Bairro da Paz e 1070 – Est. Mussurunga x Piatã/Bairro da Paz não estão acessando o bairro e seguem pela avenida Paralela.

No IAPI, o atendimento foi suspenso, e os coletivos que circulam na localidade foram desviados para o Largo do Tamarineiro.

A queima de dois ônibus em um espaço de tempo tão curto tem um motivo em comum: o assassinato de um morador do IAPI, Alex Silton Serra de Oliveira, de 18 anos, morto por policiais militares durante uma operação.

Também pela morte de Alex, na noite de terça-feira (15), outro ônibus foi alvo de vandalismo na Avenida San Martin, em Salvador. O coletivo da frota de transporte urbano da capital baiana fazia a linha Cajazeiras XI x Ribeira. O veículo foi apedrejado por um grupo de pessoas, que interditou a via durante uma manifestação. O ônibus teve o para-brisa e janelas quebradas com pedradas e pauladas.

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